Porque é que os favos de mel feitos pelas abelhas são hexagonais?

Já houve quem dissesse que as abelhas são mestres em cálculos complexos de geometria. Mesmo Charles Darwin, autor da teoria da evolução, se rendia às colmeias, para ele “absolutamente perfeitas”, exemplo de economia em matéria-prima e mão-de-obra. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cardiff, no País de Gales, constatou que as abelhas entendem mesmo é de termodinâmica, isto porque, antes de se transformarem em hexágonos, os favos das colmeias têm forma circular. Ao longo da construção das fileiras – prateleiras onde são depositados pólen e mel -, os favos vão ganhando forma hexagonal levemente arredondada.

Funciona assim: as abelhas constroem favos circulares cuja cera, a uma temperatura de aproximadamente 45 ºC, começa a derreter como um líquido elástico e viscoso. Ela estica-se como um caramelo, e os ângulos formam-se na junção das células, dando origem aos hexágonos.

O calor na origem dessa transformação é fornecido pelas abelhas operárias, que trabalham sem parar, lado a lado, na construção das fileiras.